sábado, janeiro 14, 2006

Considerações do Katano



Povo,

sejam bem-vindos à primeira sessão de esclarecimento que vos será habitualmente fornecida pelas Considerações do Katano. Perguntais vós, que raio vai este gajo dizer que eu já não saiba (sim, eu sei que estão a perguntar isso!). A resposta é simples: nada mais do que a verdade (ou algo que se pareça)! A verdade das coisas! A resposta a perguntas que sempre intrigaram a humanidade tais como:
-Porque é que o kiwi tem pêlos se é uma fruta?
-Porque é que quando o pão cai ao chão cai sempre do lado em que barramos a manteiga?
-Porque é que o George Michaels se fartou de mulheres?
-Onde é que fica a área 51 portuguesa?
-Etc....
Ao longo de muitas Considerações do Katano, o amigo leitor vai perceber o quão ignorante era em relação a estas questões essenciais.
Ora, como primeira questão a ser revelada, optei por esse grande mito urbano que é....... A LAMPREIA DA RESERVA NATURAL DA LAGOA DE SANTO ANDRÉ!!!! estamos a falar desse perigoso animal marinho, cujas medidas alternam entre os 15 metros (e que curiosamente se assemelhava a um cano de esgoto) e os 2 metros (era noite e a testemunha ocular já não vê o mesmo desde que um foguete lhe rebentou os olhos na festa de São jacinto junto à barraca das farturas). As autoridades negam a existência de tal bicho mas não nos conseguem enganar! As Considerações do Katano conseguiram deitar a mão a uma fotografia tirada por um video-amador (os nosso agradecimentos ao senhor Anselmo e desejamos que seja rapidamente ilibado pelas ridiculas acusações de falsificação de fotos).
Junta-se às provas visuais o poderoso (e lógico) argumento da comparação! É preciso não esquecer que a Escócia tem o monstro de Loch Ness! Porque raio é que só eles podiam ter um mosntro?? Não seremos tão bons como eles, é?!!
Por tudo isto (e pela qualidade das águas portuguesas), amigo banhista, evite o mar português ou faça-o por sua conta e risco! Tenho dito!

KATANO

6 comentários:

Sub-Lodo disse...

Caro co-blogger:perante um texto tão rico, quer do ponto de vista da forma, quer do ponto de vista científico, não posso deixar passar em claro o facto de tal bicha (não a lampreia, mas o cantor) usar o nome artístico de George Michael e não Michaels, como por lapso referiu. Era uma questão de tempo, aliás essa metamorfose em homossexual (se não era desejo reprimido), pois lá diz o povo...de Espanha nem bom vento, nem bom casamento e, lá digo eu, da Grécia(o rapaz é grego), só paneleiros...aposto que todo o bom Português corroborou a minha afirmação logo após a final do Euro 2004...

Anónimo disse...

A área 51 a que vocês se referem será Boliqueime, terra onde apareceu um ser hermafrodita que dá pelo nome de Cavaco?

Anónimo disse...

Eu conheço uma terra, lá para o Norte da Península, um lugar estranho, que não é Portugal nem Espanha, onde há lontras no rio.Há seres estranhos, nos lugares mais inimagináveis neste planeta azul. Coloco a questão serão mm lontras e lampreias, não serão extraterrestres? E em caso afirmativo serão nossas amigas ? Têm medo de nós? Será que se lhes pedirmos nos levam ao planeta deles? Isso eu gostava!!! Espera aí.A viagem ia demorar anos...eu ia envelhecer...Será que no planeta deles há Botox. Esse produto maravilhoso que faz milagres.
Regressando à hipotese de serem realmente lampreias...podiamos combinar e ir à pesca. Arroz de lampreia é bom! E a lampreia desse lago deve ser enorma, nunca ninguém a pescou! Mas é velha não é? Será que os peixes velhos tb são rijos co a carne? Co as galinhas? De tanto falar em bichos fiquei c fome!!! vou jantar. xau.xau é uma palavra que me lembra Itália, e Itália lembra-me trabalho...é melhor ficar por aqui!

Anónimo disse...

Arroz de Lampreia


Receita da região Minho
Receita para 4 a 6 pessoas
Ingredientes:
1 lampreia
1 chouriço de carne
1 cebola grande
2 dentes de alho
2 dl de azeite
2 dl de vinho tinto
1 ramo de salsa
arroz
sal, pimenta e cravinho q.b.


Preparação:
Mergulha-se a lampreia rapidamente em água a ferver, retira-se e raspa-se cuidadosamente com uma faca para retirar a camada viscosa que possui. Depois passa-se por água fria.
Numa bacia grande coloca-se a lampreia com o vinho. Sem retirar a lampreia, corta se a cabeça e com o auxílio de uma tesoura faz-se um golpe até atingir o último orifício. Nesta operação deve ter-se o cuidado de não cortar a tripa pois desta forma poderá ficar amarga. O sangue que vai largando mistura-se com o vinho e a tripa retira-se cuidadosamente.
Corta-se a lampreia em pedaços de 6 cm aproximadamente que se deixam ficar na bacia com o vinho, sal, pimenta, alho e salsa. Deixa-se marinar durante 2 horas.
Num tacho deita-se a cebola picadinha, um pouco de água, algumas rodelas de chouriço, os pedaços de lampreia escorridos e deixa-se refogar durante 10 minutos.
Retira-se a lampreia para um prato e acrescenta-se à calda, a quantidade de água necessária para o arroz ficar solto.
Quando a calda ferver adiciona-se o arroz e quando estiver quase cozido junta-se o sangue e rectificam-se os temperos. Antes de servir junta-se a lampreia ao arroz.

Anónimo disse...

Nos Estados Unidos fazem carteiras e porta-moedas de lampreias em vez de as comerem. Parece-me uma utilização mais saudável do bicho.

Anónimo disse...

Caro Katano:
Foi com vivo entusiasmo que li as considerações tecidas a propósito da lampreia da Lagoa de Santo André.
Porém, muito me desgostou ver chamar esse verdadeiro fenómeno da natureza de "mito urbano". Mito urbano!
Mito urbano?! MITO RURAL!, assim é que é. Sim, porque a lampreia vive numa reserva natural.
Agora, mito urbano é a Ratazana King Kong que habita no Metro de Lisboa entre o Saldanha e Picoas! Isso sim, é um mito urbano! Urbano porque se trata de uma ratazana gigante que vive numa cidade que é capital de um país (bastava ser cidade, mas ainda por cima é a capital) e mito porque na verdade, como sabem aqueles que, como eu, estudaram este assunto, não existe, na verdade, nenhuma ratazana gigante entre o Saldanha e Picoas. Daí ser um mito. Na verdade, a Ratazana King Kong desloca-se pelos túneis do Metro mas entre os Restauradores e a Baixa, trocando por vezes de linha e dando um pulinho ao Cais Sodré, onde, consta, habitam outras ratazanas descomunais.
Quando vi referida a lampreia como mito urbano, pensei: "bolas, que falha do Katano!".
Caro Katano, conto consigo para não deixar cair no esquecimento a Ratazana King Kong.
Muito obrigado.
Tubarão.

PS - Duvido da veracidade da foto da lampreia, porque não tenho ideia de a Lagoa de Sto André ter uma ondulação tão forte. Mas fica a dúvida....