segunda-feira, dezembro 31, 2007

Dôiz Mil e Hoito

E POR-QUE HERRAR É UMANO E A PSICASTÉNICA É UMANA, AQUI ESTA-MOS A ÇÊR UMANOS, MAS NÃO CEM DEICHARMOS UMA BOA MANEIRA DO PEÇOAL SE DIVERTIR CUANDO JÁ NÃO PODER FUMAR. FLIZ HANO NOVO. UM 2008 XEIO DE ÇAÚDE!

SUB-LODO BICHINHO KATANO TIGRÃO


segunda-feira, dezembro 17, 2007

Festas Psicasténicas!!

Gente!

Nesta época natalícia, o espírito levou-me a desejar-vos estas festas psicasténicas não oficiais:



Feliz Natal.


Bichinho

segunda-feira, dezembro 10, 2007

O drama do desemprego


O Natal aproxima-se e a Psicasténica não pode ficar alheia às questões sociais numa altura que nos toca tanto no coração como no fígado ou não fosse eu estar rodeado de filhós e caipirinhas. O desemprego é um flagelo que infelizmente atinge cada vez mais portugueses e cada vez menos brasileiras no nosso país. A Psicasténica relata o drama na primeira pessoa. Não, a Psicasténica não está desempregada, mas se vocês são suficientemente imbecis para acreditar que a Psicasténica fala e é gente e pode ter emprego, mereciam todos que vos escavacassem a espinha depois de vos cortarem a dose diária de clorofórmio. A Psicasténica é informação, é deformação, é questão social, é Natal, é homem na Lua, é Manuel Subtil, Salazar e Álvaro Cunhal e eventualmente Valentina Torres. Hoje vai ser Fátima Lopes depois de ter escolhido na zona portuária de Setúbal um desempregado ao acaso, com barba de três dias e sobretudo coçado. O seu nome é José Mário dos Santos Félix Mourinho. Zé Mário é como gosta de ser tratado pelos amigos. É um homem simples e leva uma vida dedicada à faina do futebol. “Isto é de família…sabem como é…padrinho presidente do Vitória de Setúbal, pai antigo guarda-redes e treinador da bola, era difícil de escapar. É uma vida dura, mas é com gosto que se faz”. Com gosto, diz-nos Zé Mário, até que o desemprego lhe bateu à porta. “Cá temos que andar e o que vale é que tenho um pé-de-meia do fundo de desemprego do Abramovich…deve dar para passar o Inverno…”. Lembra com saudade os tempos de moço de recados no Sporting, o negócio caseiro no U. Leiria e os biscates no Benfica e no F.C. Porto. “Era um garoto…ainda não sabia da vida, mas depois…”. Pois foi…depois foi obrigado a emigrar e a tentar as péssimas condições não da Albânia, não do Cazaquistão ou de terras de África, mas de Inglaterra. “Já tinha estado em Espanha, mas isso é já aqui ao lado, não era a mesma coisa”. As pessoas até gostavam de Zé Mário e até lhe chamaram um dia The Special One, coisa que deixa um sorriso em Zé Mário. “Bons tempos”, recorda com um sorriso. Depois foi o costume: desavenças com o patrão e sempre o pobre operariado a pagar. Ainda foi convidado a treinar lá o sindicato (Selecção de Inglaterra), mas as condições oferecidas “não davam para comer, nem para os sobretudos Armani, relógios Rolex e outros bens de primeira necessidade para mim e para a família. Se calhar tenho que me fazer à estrada…sei lá para onde…Itália…” (aqui Zé Mário solta uma lágrima e a Psicasténica não insiste). Agradecemos e desejamos-lhe sorte o que ainda lhe vale um gracejo: “Sorte? Sorte precisam aqueles que se atravessarem à minha frente porque depois de me enfrentarem vão perguntar atordoados qual era a matrícula do camião que os passou a ferro!”.


SUB-LODO