quarta-feira, julho 16, 2008

Österreich ist ein lustiges und junges Land, in dem wir im Untergrund glücklich ganz sein können


Pegando num assunto trazido à baila com muita acutilância por Tigrão, gostaria hoje de deixar umas breves linhas informativas sobre um país que todos julgáveis conhecer, embora isso não seja verdade. Falo-vos de um dos países mais estranhos do mundo moderno. Não vos falo da Transnístria, do Palau ou do Tuvalu, mas de um outro, situado na Europa Central, chamado Áustria. Graças a vultos de renome como os já rivais Wolfgang Priklopil e Joseph Fritzl (só para referir os mais mediáticos) e aos seus saudáveis hábitos de brincar às escondidas e ao quarto-escuro com a família (podendo eventualmente fazê-la crescer enquanto brincam), a Áustria pode encerrar no seu subsolo uma parte importante da população do país, estando a ser inclusivamente equacionada a hipótese de alterar o nome do hino “Land der Berge, Land am Strome“ („País das Montanhas, País Sobre o Rio“) para „Land des Raubs, Land des Inzests” (“País das Violações, País dos Incestos”). Significa isto, portanto, que os dados do Eurostat, segundo os quais Viena seria a 5ª região da UE com o PIB per capita mais elevado, são completamente erróneos, querendo isto dizer que, como castigo histórico por ter dado Hitler à luz, a capital austríaca vai agora fazer companhia à Muntenia Sul na Roménia ou Severozapaden na Bulgária como regiões mais pobres da UE, passando-se a olhar com algum respeito para a economia de Rabo de Peixe nos Açores, uma vez que o nosso país sai assim da cauda da Europa em vários indicadores económicos (pensemos no desemprego). Mas nem tudo são más notícias para a Áustria, visto que esta forte probabilidade de um boom demográfico oculto, traduzir-se-á numa pirâmide etária estruturada numa base forte que tende a ser cada vez mais alargada, assim a população feminina do underground entre na idade fértil (tendência claramente contrária à do mundo ocidental). Estima-se, deste modo, que um país que ocupava a 213ª posição (em 220) na taxa de natalidade, salte rapidamente para os lugares medalhados, fazendo perigar o tradicional domínio oriental nesta competição. O número de eurodeputados vai aumentar, respeitando a ratio da representatividade da população de cada estado, assim como o peso austríaco na tomada de decisões no seio da UE. O problema é que nações recém-entradas na UE começam a recear um movimento massivo de imigrantes austríacos e Portugal assistirá à disseminação de lojas da amizade austríacas. E pior que tudo…restaurantes austríacos não têm ananás fa-si!


SUB-LODO