Estimados leitores, prosseguindo o meu esforço para transformar esta bloga num modelo de virtude cibernética, vou usar este meu post para discorrer sobre questões que dificilmente serão susceptíveis de outro ponto de vista que não o meu. Assim sendo, esta semana, a Psicasténica terá o Barómetro Moral do Tigrão.
A subir: Onda revivalista
É com especial agrado que tenho verificado o crescente surto de nostalgia que tem atravessado o nosso país. Com efeito, parece que a juventude de hoje em dia se apercebeu que a virtude reside nos bons exemplos do passado. Refiro-me, como é óbvio, à forte aceitação que começa a ter a tradicional forma do macho luso exprimir afecto pela sua parceira. Sempre foi característico do bom português manifestar o seu amor de forma apressada. Isto acontecia porque o amor era tanto que o homem sentia uma grande dificuldade em conter o seu sentimento e exprimia-o com as mãos, pés, cintos, cadeiras e todo o tipo de objectos corto-contundentes. As consequências desta forma de amar eram algumas nódoas negras ou pequenas fracturas expostas que eram alegremente exibidas pelas suas felizes portadoras como sinais da atenção do seu amado. Houve, durante alguns anos, uma tentativa vil de deturpar esta sã realidade apelidando estes actos de brutais e catalogando-os como “violência doméstica”! Violência é o que se seguiu! Nestes tempos as famílias até viviam unidas os jogos de futebol! Não havia mulher que não vibrasse com as vitórias do Benfica certa de que em caso de empate ou derrota partilharia, de forma especialmente física, a dor sentida pelo seu cônjuge. É certo que nos nossos dias estes fenómenos de comunhão familiar são cada vez mais raros, contudo, alegro-me ao ver que entre as novas formas de amar se encontram algumas inspiradas no amor apressado lusitano. Refiro-me, como já se terão apercebido, ao sado-masoquismo. É certo que esta prática apresenta ligeiras nuances relativamente à forma tradicional mas é, sem qualquer dúvida, um passo na direcção certa!
A descer: Fim da boa vizinhança
Vivemos num mundo cada vez mais egoísta. A cada dia que passa parecem mais longínquos os tempos da boa vizinhança em que todos se preocupavam com todos ao ponto de cada um saber os mais sórdidos pormenores da vida privada do vizinho. Hoje em dia é frequente ver um alcoólico estraçalhado no meio da estrada sem que ninguém se digne a arrastá-lo para a berma para não causar acidentes ou até mesmo um jovem descarrilar para o caminho da homossexualidade sem receber da parte da sua comunidade o respectivo apoio. Sobre o primeiro problema não me alongarei uma vez que toda a gente sabe quão difícil é arranjar um bom chapeiro hoje em dia. Já quanto à segunda temática tenho algo a dizer. Na última edição da revista Saiance o Doutor Sr. Anselmo provou de forma irrefutável que a homossexualidade é uma patologia mental que encontra a sua terapêutica mais eficaz num método de medicina altamente evoluído designado de “porrada à base de pau de marmeleiro até cuspir sangue pela boca”. O método revelou-se um sucesso e especialmente eficaz quando seguido do empalamento rectal do indivíduo com o pau em questão. Contudo, apesar dos enormes progressos possibilitados por este método científico, o envolvimento da comunidade é fundamental uma vez que esta terapêutica deve ser acompanhada pelos devidos incentivos verbais. É importante que a vizinhança se empenhe em demonstrar ao jovem transviado que o apoia no seu processo de cura! Incentivos como “O cú é pr* c*g*r, p*neleiro de merd*!” deverão ser exteriorizados num tom paternal sempre que se encontrarem como indivíduo em questão. Fica o exemplo do Sr. Joaquim Coelho - na foto...
A descer: Fim da boa vizinhança
Vivemos num mundo cada vez mais egoísta. A cada dia que passa parecem mais longínquos os tempos da boa vizinhança em que todos se preocupavam com todos ao ponto de cada um saber os mais sórdidos pormenores da vida privada do vizinho. Hoje em dia é frequente ver um alcoólico estraçalhado no meio da estrada sem que ninguém se digne a arrastá-lo para a berma para não causar acidentes ou até mesmo um jovem descarrilar para o caminho da homossexualidade sem receber da parte da sua comunidade o respectivo apoio. Sobre o primeiro problema não me alongarei uma vez que toda a gente sabe quão difícil é arranjar um bom chapeiro hoje em dia. Já quanto à segunda temática tenho algo a dizer. Na última edição da revista Saiance o Doutor Sr. Anselmo provou de forma irrefutável que a homossexualidade é uma patologia mental que encontra a sua terapêutica mais eficaz num método de medicina altamente evoluído designado de “porrada à base de pau de marmeleiro até cuspir sangue pela boca”. O método revelou-se um sucesso e especialmente eficaz quando seguido do empalamento rectal do indivíduo com o pau em questão. Contudo, apesar dos enormes progressos possibilitados por este método científico, o envolvimento da comunidade é fundamental uma vez que esta terapêutica deve ser acompanhada pelos devidos incentivos verbais. É importante que a vizinhança se empenhe em demonstrar ao jovem transviado que o apoia no seu processo de cura! Incentivos como “O cú é pr* c*g*r, p*neleiro de merd*!” deverão ser exteriorizados num tom paternal sempre que se encontrarem como indivíduo em questão. Fica o exemplo do Sr. Joaquim Coelho - na foto...
16 comentários:
Caro Tigrão:
Quero antes de mais felicitá-lo por incluir o seu (enorme)barómetro na psicasténica. Portanto, antes de mais, viva o barómetro do Tigrão.
Há porém uma questão com que não posso deixar de confrontá-lo: num outro artigo da revista saiance, o Dr. Sr. Anselmo revela que essa patologia mental que é homossexualidade não assume especial relevo nem deve ser fonte de preocupação, uma vez que não é, na generalidade dos casos, contagiosa. Paralelamente, porém, dá conta do surgimento de diversos movimentos que procuram erradicar a doença. Conclui afirmando que são os indivíduos que por alguma razão são vulneráveis à doença e portanto susceptívies de a contrair aqueles que com mais veemência pugnam pelo seu extermínio (o que não deixa de fazer alguma sentido...).
Não posso deixar de exprimir a minha sincera preocupação ao ver o empenho do Tigrão em combater aquela patologia....... Afinal, vejo assim posta em causa a saúde férrea e heterossexual desse ícone da masculinidade.
Atentamente,
Tubarão
Caro Tubarão, nada tema!
É reconhecida a sua perspicácia, contudo, no caso concreto, julgo que o medo lhe tolheu a razão. Percebo que a possibilidade de ver o Eusébio da heterossexualidade mudar de lado o tenha assustado, mas não se preocupe que o Tigrão continua firme! Se ler o barómetro novamente aperceber-se-á que não luto pela erradicação da doença, apenas lanço um alerta quanto ao FIM DA BOA VIZINHANÇA. Como exemplo dei dois casos, um deles que, pelo que vejo, o assustou especialmente. Dei estes exemplos como poderia ter dado outros - o decréscimo da assistência físico-emocional às vizinhas com maridos sujeitos a ausências prolongadas é também uma manifestação preocupante do fim da boa vizinhança. Talvez numa próxima oportunidade me debruce mais alongadamente sobre este último problema...
A bloosfera por certo suspira de alívio. Como eu.
Tubarão
O meu esposo é mergulhador,por isso disse o que disse.Ele apanhá-los-ia lá no fundo ,ele sempre gostou de apanhar fundo!
Josefina Coelho
Vamos todos gritar: CU-E-LHO!!!! CU-E-LHO!!!! CU-E-LHO!!!!
De facto desconheço aquilo que está por detrás de todo este relambório racista (sim...sou da opinião de que ser paneleiro é uma raça), mas uma cogitemos juntos: se tivessemos que escrever algo para este blogg, certamente dariamos o melhor de nós, procurariamos um tema profundo, uma coisa sentida...Ora, não há melhor altura para o fazer do que as 3h40 da matina.. É nessas horas que os nossos problemas mais nos afligem, que as nossas angústias mais nos tocam e, assim, que as nossas palvras são mais sinceras e purificadoras.. Lamento, por isso, essa problemática e angustiante hora do Sr. Tigrão..Reconheço que a palavra é a «catarse» do espírito e por isso, todos imaginamos o estado de alma que em tão famigerada hora o assolava para escrever um texto deste calibre.. Não há nada melhor para a infelicidade do que encará-la, nem que seja disfarçando, dizendo o que não se queria dizer, contornando-a.. Libertou-se? Desabafou? Tirou esse peso que o incomodava? Isso é que importa.. Ah..É verdade Sr. Tigrão, não se esqueça de limar as garras, não vá o diabo tecê-las e ainda acaba por rebentar o colete de salvamento..
E eu que pensava que este post não ia levantar qualquer tipo de polémica...
Apesar de tudo devo-me confessar ligeiramente surpreendido com o tipo de comentários que este post tem gerado... De entre os dois temas que o novos-púdicos poderiam ter comentado (a onda revivalista e o fim da boa vizinhança) parece que a atenção recaiu toda sobre o sub-tema homossexualidade... O que me espanta é que sobre o amor apressado não haja, ainda, uma palavra. Parece que o lobby gay já chegou mas o feminista ainda não (ATAQUEM, ATAQUEM!!!)
Confesso que estou um bocado farto desta tendência do "todos temos que ser gays". EU NÃO SOU, IMPORTAM-SE?!! Sei que hoje em dia é da moda cagar grosso e ter orgulho nisso mas a mim agrada-me a ideia de conservar a integridade do meu sistema digestivo e a possibilidade de controlar a retenção de fezes. Posso? Estas tendências pseudo-intelectuais-de-esquerda já começam a fartar (ai que saudades do Senhor Professor)...
Vivemos a fase do puritanismo gay: já não se toleram os heterossexuais sem que os tentem converter à força! Parece que a aceitação da homossexualidade passa por ser também homossexual!
Casem-se os gays, juntem-se as lésbicas (e neste caso, como prova de boa vontade, até me disponho a juntar-me a elas) mas deixem-me defender a heterossexualidade se tenho orgulho nela!
Sejam rabetas mas sejam sem chatear ninguém! Já basta ter que atuar o vosso lobby no cinema...
PS: Gayus, perdão, Gaius: para alegria de muitas e triteza de uns tantos, sou heterossexual e quanto a isso não há nada a fazer.
Anonymous: nem claro(a) nem evidente...
Venho aqui em defesa do meu companheiro de blog ao afirmar que o Tigrão é um ser profundamente heterosexual. Todas as histórias contadas sobre ele e os 15 angolanos nas praias de Luanda são falsas (desde logo porque não foi em Luanda)! Já quanto ao Sub-lodo e Bichinho não posso garantir nada...
Meu Caro Katano,
Eu ia manter-me no silencio porque sinceramente tb já estou farta do lobby gay e axo k kto mais se falar mais vamos ter k os aturar... aliás o k resulta aqui evidente, dado o volume de comentários...
Agora, conhecendo-me como conhece, sabe muito bem qual é a minha raça sexual e essas boquitas foleiras se em relação ao Sublodo são previsiveis mas toleráveis, em relação à minha pessoa são completamente despropositadas...
de resto, não resulta do seu post a sua raça será que prefere esconde-la? terá vergonha de se assumir ou pura e simplesmente é de raça neutra e asexuado?
Toquei num ponto sensível.... ;)
No que diz respeito ao Katano a sabedoria popular é clara: quando se quer dizer que alguém é extremamente gay não se diz "gay como o José Castelo Branco" ou "gay como o Claudio Ramos"... O referencia ao máximo de homossexualidade é obtida com a expressão "gay como o Katano"! Elucidativo...
Os argumentos da minha resposta são justificaos pela eficiência desta na primária: QUEM DIZ É QUEM É!!!! (agora imagine-me a por a lingua de fora)
P.S.- Não estavam à espera desta infantilidade pois não?
Vou deixar a minha posição para um post futuro onde talvez possamos escalpelizar esta polémica até ao tutano. Tenho dito
Gostei do barómetro... Mal sabias tu que ias causar tanta polémica!!! Sabes que desde o Segredo de Brokebak Mountain que não se fala de outra coisa que não da homossexualidade... E fico a aguardar as posições oficiais dos signatários do blog - "escalpelizar esta polémica até ao tutano"!...
SPAM
Mesmo muita polémica,tipo dar tiros nos próprios pés!LoL.É mesmo uma questão de Tutano !O meu amigo costuma dizer-me "tu chupas-me a paciência até ao tutano".
Mudando de assunto,mas sem sair do tema "bora lá falar de sexo,pois isso espevita a malta",afinal a masturbação faz ou não crescer pelos nas mãos.
Epá, tenho que concordar. Os rabetas andam a exagerar na defesa dos seus direitos.
Primeiro: eles têm a mania de se meter e apalpar quem lhes bem apetecer, seja gay ou hetero. Acham piada, aqueles gajos... Um colega meu teve o azar de ser apalpado uma vez numa discoteca por uma coisinha dessas. Agora está sempre a ser gozado.
Segundo: se eles se metem contigo e tu não queres nada, és logo apelidado de "homofóbico". MAS ISTO É O QUÊ? QUEM NÃO ACEITA A MARICAGEM EM TODO O SEU ESPLENDOR E GLÓRIA AGORA É HOMOFÓBICO? Hmpf... Longe vão os tempos em que eles piavam baixinho para não levarem um enxerto de porrada à base de cajado e marretas de 30 quilos...
Terceiro: Hoje em dia está na moda ser "politicamente correcto". Ser muito light, muito permissivo. Mas tudo tem os seus limites: podem ser rabetas à vontade, desde que não se metam comigo.
Tenho uma teoria sobre o crescendo da paneleiragem no nosso país e no resto do mundo: as lutas de Wrestling. Deviam ser banidas imediatamente! Os jovens ao ver homens vestidos de lycra a tocarem-se uns aos outros ficam confusos, com certeza. Afinal não andam para aí a dizer que lutas são coisas de homem? Não me parece...
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