Psicasténica: outubro 2008

É com o coração nas mãos que escrevo este post dado que fui recentemente marcado para morrer pelos carapaus. Carapau…. Você já o viu e provavelmente já o comeu. Mas será que o conhece bem? O peixe demoníaco é da família das Scombridae e Carangidae o que desde logo soa a nome de família italiana mafiosa.
Posso afirmar, com a convicção de um cientologista, que enquanto lê estas linhas está em movimento uma conspiração destinada a erradicar pessoas chave que poderiam impedir o domínio global por parte dos carapaus. Eu fui marcado…
Tudo aconteceu a semana passada. Gozava de um merecido descanso depois de um dia de completa inutilidade quando fui chamado para jantar. O repasto? Carapaus…. Logo ali a coisa começou a cheirar mal…. Puxei a faca de serrilha para perto de mim, pelo sim pelo não, e decidi confiar enterrando os dentes na carne tenra do peixe. Foi quanto bastou… uma só espinha, cravada na garganta, fez passar toda a minha vida em frente dos olhos. O que me lembra, Artur, ainda me deves 15 euros…. Água, pão, azeite, nada parecia retirar a espinha ou aliviar a dor. Opções? Dar-lhe um nome e habituar-me a ela ou ir ao hospital. Sem me conseguir lembrar de nenhum nome giro, dirigi-me ao hospital. Vendo bem talvez não tenha sido boa ideia iniciar o diálogo com o médico dizendo «só para que saiba, já fui a colóquios sobre negligência médica»… Após delicadas e complexas técnicas médicas, a espinha foi removida e a minha vida salva. Mas isso não é grande consolo porque sei que algures por aí há uma outra espinha com o meu nome….
Ao longo de toda a história da Humanidade este inimigo secreto esteve presente em todos os momentos decisivos… E aqui estão, cortesia do serviço de manipulação fotográfica do Instituto sr. Anselmo, as provas. Julgue você mesmo….

Aqui está um carapau a tentar matar o primeiro homosapiens…