Raptoviolacionismo

Depois da descoberta recente de dois casos de rapto e violação continuados, começou a surgir entre os austríacos um sentimento de superioridade que começa a fazer inveja ao restante mundo civilizado. Com efeito, parece que a Áustria está hoje para o raptoviolacionismo como San Fernando Valley está para a indústria porno ou Pinhão Cel para o meretrício low cost. Na verdade, são poucos ou nenhuns os países civilizados que se podem orgulhar de contar com a ilustre cidadania de gente como Wolfgang Priklopil ou Josef Fritzl.
Dirá o leitor mais incauto que como em tudo o resto estamos a anos-luz da Áustria nesta matéria e que esta triste realidade não mudará tão cedo na medida em que, infelizmente, não pululam no nosso país jovens valores nem no campo raptoviolacionismo, nem para o lado esquerdo da defensiva da selecção nacional. Se é certo e indiscutível que para o lado esquerdo da defesa das quinas o problema é grave e dificilmente solucionável, já no campo do raptoviolacionismo o percurso de Portugal é não só meritório como quase brilhante! Importa lembrar aqueles que só agora se começam a interessar por este fenómeno que há no nosso país um verdadeiro mestre, um farol que iluminou o caminho do raptoviolacionismo lusitano e nos projectou para as mais altas esferas mundiais desta arte. Quem é ele? Nem mais nem menos que o Sub-Lodo!
Para os menos informados o Sub-Lodo não será mais que isso mesmo: um pedaço miserável de micro existência insignificante cujo alimento são as fezes das bactérias que se alimentam do pus das feridas da matéria que compõe o lodo. Sim, ele é tudo isso, mas mais! Dirá o leitor que até pode ser mais mas que sem o devido conhecimento de caves recônditas em locais sem código postal nunca poderá ser um grande valor do raptoviolacionismo ou da columbofilia. Concordo plenamente, mas é aqui que o leitor se engana! Nem todos o saberão mas o Sub-Lodo conta no seu impressionante currículo com quase 8 anos de vida numa cave em Celas, sem inscrição no PDM e sem código postal ou morada reconhecida nos CTT! Uma verdadeira masmorra. Mas isto não bastaria para fazer dele um Cristiano Ronaldo do raptoviolacionismo. Era preciso mais e o Sub-Lodo teve plena consciência disso. Devido à sua estrutura física raquítica com traços de nanismo (1,20m de altura e 17kg de peso), Sub-Lodo não pôde prosseguir uma carreira normal e raptar alguém para a sua masmorra. Mas foi na adversidade que se revelou o engenho e o valor do nosso jovem prodígio! Impedido de raptar, raptou-se; impedido de violar, violou-se! Com efeito, durante 7 anos e meio, Sub-Lodo manteve-se a morar numa cave em Celas e sodomizou-se com brutalidade e alegria durante todo esse período. Um verdadeiro exemplo de tenacidade que colocou o nosso país no mapa do raptoviolacionismo mundial. Mas fez mais do que isso! Durante este período na cave de Celas, Sub-Lodo criou a variante mais original do raptoviolacionismo: o auto-raptoviolacionismo. Terminada esta fase em meados de 2007, o nosso jovem valor, aconselhado pelo Senhor Anselmo (18º Dan em pedo-raptoviolacionismo-suíno e instrutor desta disciplina na Mealhada), resolveu partir para um novo desafio. Sempre apaixonado pelas novas tendências raptoviolacionistas e pelo desenvolvimento de novos estilos, Sub-Lodo abraçou a ideia de desenvolver o conceito de zoo-raptoviolacionismo. Como destino óbvio escolheu o concelho de Manteigas. Para o efeito foi-lhe proporcionado um estágio profissional na Câmara Municipal de Manteigas, que apoiou entusiasticamente este projecto. Sub-Lodo criou na pequena localidade um harém de felpudo gado caprino que manteve aprisionado num curral durante 12 meses e com o qual executou diariamente práticas ao melhor estilo gaúcho (aliás, como o próprio confirmará, desenvolveu uma amizade pessoal com Garrincha).
Contactado pela Psicasténica, Sub-Lodo declarou que se encontra presentemente na Guarda a desenvolver um projecto pioneiro no âmbito do raptoviolacionismo-coprofágico. O pequeno artista, segundo revelações à nossa Bloga, mantém sob sequestro, debaixo da sua cama, 4 kg de matéria fecal excretada pelo próprio esfíncter, que molesta diariamente e com a qual mantém uma relação de algum afecto.
Sem dúvida um pioneiro que leva bem alto o nome do país.

Tigrão