quinta-feira, novembro 23, 2006

CSI GNR


23:38
O posto da GNR de Vila Franca das Naves é alertado pela notícia de um crime hediondo: foi encontrado um cadáver numa habitação em estado de decomposição…não avançado…mas já cheirava…era “assim-assim” de decomposto.

23:41
O Capitão Nogueira assume o controlo das operações coadjuvado pelo Primeiro-Sargento Peres e o Cabo Adjunto Messias.

23:44
PERES
– Meu Capitão: a tasca do Cardoso ainda está aberta. Podíamos lá ir à bucha antes do serviço…
NOGUEIRA – Os fritos dão-me cabo da figadeira, mas já estou com a traça.

Messias coça os tomates.

0:12
A task force chega ao local do crime. O cenário não é animador; num quarto, com a cama desfeita, encontra-se o corpo nu de uma jovem e sinais evidentes que denunciam uma noite de abusos: garrafas, seringas, maços de tabaco e pontas de cigarros. Na cama, junto ao corpo ensanguentado, manchas evidentes nos lençóis.

PERES- Bem boa que era… Ó Messias…ias lá todos os dias!!! (risada geral)
NOGUEIRA- Vamos mas é trabalhar! Deixem-me só tirar o cheiro a chamuça das mãos (e limpa as mãos à ponta do lençol desentalado). Ó Messias! Vê lá se encontras aí um Brise que isto cheira mal que se farta!
MESSIAS- Pode ser perfume floral, meu Capitão?
NOGUEIRA- Qualquer coisa, porra! Pulverizem é isto tudo que assim não se pode trabalhar! Ó Peres…anda cá ajudar a limpar o chão. Um gajo nem pode andar por aqui à vontade…
PERES (enquanto apanha uma mini do chão) - Está aqui uma bejeca a meio… Deixe-me só beber um golinho que eu fiquei enfartado das sandes de coirato…
NOGUEIRA- Então para isso, descansamos um bocadinho que há aí cervejinhas que cheguem para todos.

Messias acende dois cigarros que sobraram de um maço. Sentam-se no chão do quarto depois de varrerem tudo para a rua.

1:25
Messias chega a fronha da almofada ao seu Capitão

MESSIAS- Tome lá Capitão…limpe as beiças que essa espuma da cerveja no bigode não lhe dá um ar profissional e assim como assim, ela já não precisa da fronha…
PERES- Por falar em fronha…se aquelas manchas nos lençóis são daquilo que eu penso, quem não mexe lá sou eu…
NOGUEIRA- Ninguém mexe, chiça! Nós somos profissionais! “P’la lei e p’la grei”…não é para fazer javardices! Tira-se a catraia para o canto, embrulham-se os lençóis com o resto do lixo e deita-se tudo fora! Um tipo não é pago para isto!
PERES- É que mete nojo…é só manchas e sangue e cabelos e o camandro… Embrulha-se e desenrasca-se aí uma esfregona e está feito.

Messias coça os tomates.

MESSIAS- E a garota, meu Capitão?
NOGUEIRA- Morreu enterra-se! Está visto que morreu daqueles golpes na barriga. Aquilo foi esfaqueada e caso resolvido.

2:39
MESSIAS
- Ó Peres…agora que já limpámos e entregámos o corpo à funerária…isto fica assim?
PERES- Epá, Messias…não compliques. Se quiserem saber mais chamam os meninos da Judiciária. Eles são pagos para isto. Eu estou aqui a estas horas e não é por isso que recebo mais.
NOGUEIRA (enquanto puxa o autoclismo)- Rapaziada: já mandei o meu fax…vamos lá embora que se faz tarde!
PERES e MESSIAS- É para já, meu Capitão!
NOGUEIRA- Isto é para homens de barba rija…por esta já merecemos uns dias de descanso. O juiz deste caso havia de nos dar metade dos ordenados por lhe deixarmos a papinha feita!

Messias coça os tomates.

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P.S.: nenhum gato foi magoado na elaboração deste post.

sábado, novembro 04, 2006

Atirei o pau ao gato...


...oops! Enganei-me! Não era um pau. Era uma ogiva nuclear...e não é que o gato morreu mesmo? Só lhe passou de raspão...e nem tugiu, nem mugiu (pudera...era um gato). Ao menos a D.Xica pode estar descansadinha a fazer biscoitos, enquanto o pessoal mata gatos à vontade!
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